quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Da Série: Retirante.

Das coisas que vêm me fazendo muita falta desde que me mudei para Parnaíba, têm algumas que me desconsertam. 
(Vamos lá exercitar minha mania de listas)

1. Aqui não tem C&A, Marisa, Riachuelo. Como viver? Eu não podia ter uma sobrazinha no cartão de crédito ou de dinheiro na carteira que lá estava eu na fila do provedor com pelo menos umas 10 peças pra provar. Eram NO MÍNIMO uma meia dúzia de peças das fast fashions por mês no guarda roupa. Sofro muito com essa distância tão abrupta. Até porque as preferidas eram a C&A e Riachuelo, e só a Marisa e a Renner têm lojas virtuais. Por falar nisso, esperando ainda meu pedido da Renner chegar.

2. Segundo o marido, aqui não tem UM SUSHI BAR que preste. Tem noção que moro aqui há um mês e até essa data eu não comi sushi? Abstinência, gente. Maldade isso aí.

3. Não conheço uma revendedora Avon e nem Natura. Outra coisinha que eu sinto muita falta. Muito triste isso de fazer UM MÊS que eu não folheio uma revista. 

4. Meu "direito" de ir e vir. Os amigos do twinto vão rir, mas ô saudade de dirigir (ou conduzir perigosamente um carro, como preferirem). Meu marido é ótimo, nunca botou banca de me levar em lugar nenhum, mas eu tinha autonomia pra ir em qualquer lugar com meu carro desde os 18 anos, e agora dependo dele até pra ir tirar a sobrancelha porque não conheço absolutamente nada aqui.CURIOSIDADE: Sabia que eu aprendi a ir pra casa um dia desses?

5. Meu filho. Auto-explicativo, né?

6. As Tyffanys. Sofro sem os almoços no intervalo do trabalho.


Mimimi.





terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Algumas palavras estão muito desgastadas. E eu culpo a Xuxa, pois ela trouxe o verbo amar pra banalidade. Quando eu tinha meus dozeanos e ela estava em alta, o auditório gritava “Xuxa, eu te amo!” A partir daí, todo mundo ama todo mundo, chama todo mundo de “amor”, “amada” e então aprendi que nada mais é apenas ruim, não se desgosta de alguma coisa hoje. A gente “odeia”. Você não diz “Eu não gosto de quiabo“. Diz-se “Odeio quiabo“. E quando cumprimentamos virtual e publicamente alguém que não vemos desde o jardim de infância e que se não vissemos nunca mais, nem mesmo lembraríamos que existia, dizemos: “Oi fulana, saudades!” Saudade é o caralho de asa. Quando a gente está relativamente perto de alguém, perto o bastante para um almoço no próximo mês e não realizamos esse encontro, isso não é saudade. A gente poderia dizer: “Oi fulana, se der, um dia a gente se esbarra por aí e coloca o assunto em dia (e se não rolar, não vai fazer muita diferença).” E quando dizem que a gente vai um dia sentir aquela “saudade gostosa”. Isso não existe. A gente pode ter uma lembrança agradável, engraçada, delicinha até, mas “saudade gostosa” não tem. Saudade doi. Não se resolve, é frustrante, desgastante, inútil, improdutiva e dolorosa. Dizem que só em português existe essa palavra, mas acho que o que usa em inglês por exemplo é muito mais indicado nas situações cotidianas: “Oi fulana, I miss you“. Eu sinto falta de você. Mas saudade em si, não tem graça.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Da Série: Micro Postagem.

Quero meu cabelo imenso, e quero ele curto. Quero comprar meu microondas. Quero que minhas compras na Loja Renner e meu tênis cheguem logo. (Agiliza, Correios!) Quero pintar meu quarto de branco. Quero mudar os móveis de lugar. Quero fazer cebola recheada. Quero mudar o template do blog. Quero me dedicar a algo. Quero (enfim) tirar minha carteira de motorista. Quero Carnaval. Quero almoçar salada todos os dias. Quero praia. Quero bronze. Quero. Quero. Quero.
Muitos quereres por aqui.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Instagram da Semana: O que teve? ♥

Teve Panqueca de Camarão ao Molho Branco delícia do Oásis Pizzaria e Restaurante no domingo.

Lembrei de tirar a foto depois que já tinha dado a primeira garfada.
Tá perdoado, né?



Teve a semana começando chatinha com uma dor de cabeça mais chata ainda, falta de apetite e muito trabalho.




Teve orgulhinho do cabelo natural. Lavou, secou, tá ótimo. 





Teve contagem regressiva pra amenizar a saudade que tanto me maltrata. 






Teve TPM, calor muito e paciência pouca.






Teve presentinho no whatsapp pra aliviar o coração.






Teve Amor. Muito Amor.






Teve promessa pro fim de uma vida sedentária.






E teve aquela hora que eu nunca vou me acostumar, a da despedida. 






sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Micro Postagem.



O Amor acontece pra gente todos os dias em que o despertador nos acorda ao som de “A letra A” e termina com você do lado direito da nossa cama, e do lado esquerdo do meu peito. E assim se estabeleceu a rotina dos nossos dias com o nosso “círculo vicioso e interminável que é a reciprocidade dos nossos sorrisos”.








segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Saudade é, sem dúvidas, a dor mais dolorida. Não há analgésico, chá, nada na farmácia ou na venda da esquina que possa curá-la. Às vezes um carinho, um abraço, um dedo que segure aquela lágrima que insiste em percorrer o rosto pode até vir a amenizar, mas não cura. Eu descobri que Saudade tem quatro letras, e um milhão de dores. A dor de não saber se ele já escova os dentinhos sozinho, a dor de não saber se o cereal preferido ainda é do Ben10, a dor de não estar lá quando ele cortou o cabelo pela última vez, se ele ainda dorme nos mesmo horários de antes, se ainda acorda naquele mal humorzinho herdado de mim e pede por nescau com leite e colinho. A dor imensa de não ouvir o som lindo do seu sorriso, e de não ter ele por perto pra sentir o melhor cheirinho de pescoço do mundo. De não estar lá pra acalmar o seu choro, de escutar “mamãe” junto com um abraço que faz um mundo inteiro parar. Saudade é uma dor fina, aguda e contínua do lado esquerdo do peito, é a tristeza de uma ausência que não passa nem mesmo quando a gente o vê pela webcam e ele está lá lindo, com aquele sorriso que tem um sol, com aqueles olhinhos tão meus. Saudade é não saber lidar com os dias que ficaram imensos e sem expectativa de chegar em casa, e receber a melhor recepção do mundo depois de um dia de trabalho, não saber o que fazer com o tempo vago, não saber frear as lágrimas e o soluço, não saber como aguentar a dor de um vazio silencioso que nada preenche. Saudade tem quatro letras, pouco menos de um metro e 365km de distância.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Feliz Dois Mil e Sempre.

DoisMileDoze foi um ano "eu", extremo. Saí de um emprego que seria o sonho de nove entre dez meninas. Perdi, por assim dizer, uma amizade valorosa pra mim, mas fortifiquei outra que hoje é o alicerce da minha sanidade. Adquiri cicatrizes interiores e exteriores. Tive inúmeros desamores e encontrei um grande Amor. Tive três empregos, simultaneamente, porque eu tinha planos, muitos planos. Mas doismiledoze me jogou na cara que eu preciso aprender a fazer planos a curto prazo, e realizar esses planos a curto prazo antes de planejar a longo prazo. A duras penas descobri isso. Mas eu já chego nesse ponto. Em doismiledoze eu casei uma grande amiga, aquela ali que citei no começo. E em doismiledoze eu fui pedida em casamento. Quando eu enfim achei que o terreno era plano, o meu sorriso e sonhos, e desejos, e todos meus quereres eram estáveis, veio doismiledoze e todo o sua extremidade de ser mudar tudo. Nos quarentaecinco do segundo tempo, com o jogo ganho, houve uma virada, e que virada. Eu tive que aprender a respirar de novo, e dessa vez, com mais paciência. Eu tive que aprender a não ter o meu filho, meu pedaço de céu, o meu amor maior do mundo todos os dias da minha vida porque agora nós estamos separados por trezentosesessentaecinco dolorosos quilômetros. Eu tive que deixar emprego, me distanciar de amigos queridos, reformular minhas rotinas, sonhar tudo de novo, e novamente, e outra vez. DoisMileDoze me levou ao amargo e ao doce e de volta ao amargo, e mais uma vez ao doce inúmeras vezes. Mas eu fui feliz, e espero que em Dois Mil e Sempre, e todos os dias, eu possa ser ainda mais.
Eu voltei, e espero que de forma mais assídua.