Você me falou do que eu teria de enfrentar, das tuas manias, dos teus defeitos, dos teus desenganos, da tua dor, do teu amor. E tudo isso foi facilmente rebatido pelas minhas expectativas. As mesmas expectativas que te sufocaram, aos poucos, devagarzinho, por vezes, silenciosamente no meu olhar encantado. A dura verdade é que amar virou sinônimo de coragem. E enquanto a sua palavra de ordem é tempo, a minha é pressa. Pressa pelo teu beijo, aqueles das madrugadas, dentro do carro, que você tanto relutou. Pressa pelo teu abraço apertado, pra fazer o meu compasso seguro descompassar. Pressa pra que a tua mão segure a minha não somente por debaixo da mesa na sexta em que eu consegui te tirar de casa depois da meia noite. Pressa pra ser sua, de novo, outra vez, e mais uma vez, e novamente, e sempre com o mesmo sorriso. Amor, a pressa era medo. Hoje eu me vejo respondendo as tuas mensagens com várias reticências, como se cada ponto daquele te dissesse algo mais. E mais uma vez, expectativas. Mais uma vez não são vírgulas e nem pontos finais, porque você não me deixa ir, e pra te falar a verdade, eu nem sei ao certo se quero ir, ou se quero que você me deixe ir. Pensei em caminhos, escolhas, motivos. Culpei o destino, o universo, Murphy, Karma e até o “Senhor” porque eu pedi que ele me livrasse do que fosse vazio de Amor, e não de quem me amava, e por uma realidade diferente da que eu esperava. Então arrumei setecentasenoventaetrês desculpas para o seu comportamento divergente do que eu esperava e para tantas atitudes (ou falta delas) para silenciar a dor e a ansiedade que alimentei em silêncio. Eu escolhi estar ali e queria que você fizesse a mesma escolha em um tempo que na verdade é inteiramente meu. Eu com as minhas expectativas, você com as suas perspectivas, quando deveríamos ser só nós, com nosso Amor.
Amiga, esse foi MARAVILHOSO. tô sem ar, sem reação... Até quem não tem pressa, vai querer se apressar!
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